Me bombardeia de perguntas,
ou não fala nada.
Não é sincero
para me poupar da tua vida.
Chega e solta as coisas do teu dia,
na mesinha ao lado da porta.
Deixa por ali o alívio de estar em casa.
No jantar, sublimes olhares se namoram,
transparecendo pensamentos do dia que passou.
Viramos apenas companhia.
Mas quando chega o frio, da noite de inverno,
os sentimentos se entregam.
Voltamos a ser nós dois.
Caimos na rotina dos nossos corações.
E mesmo assim não queremos ser diferentes.
Quem sabe um dia a gente aprende
a não querer mais do que um grande amor pode dar.
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