domingo, 5 de agosto de 2012

GUARDANDO AS ROUPAS.


Enquanto guardo as roupas na gaveta

Sinto teu perfume que me agride.

Cheiro de lembranças das nossas loucuras.

De repente a porta abre;

Ouço teus passos no corredor;

Ouço a porta do quarto abrindo,

Mas não ouço teu beijo estalando em mim.

Fica claro, meu bem, não somos mais os mesmos.

Das noites que vivemos juntos,

As mais frias são as que nosso calor se perdeu sem nosso sentimento.

Solta as coisas do teu dia na mesinha de cabeceira,

Enquanto eu sigo organizando roupas e meus pensamentos.

Sinto que o amor morre dentro de nós.              

E me pergunto o que ficou da nossa vida juntos?

Guardaremos todos os momentos que vivemos

Dentro de uma caixinha de cristal.

E se um dia voltarmos a sermos um

Quebraremos esse cristal que guardou nossos sentimentos.

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